Um agradecimento especial endereçado a todos aqueles que connosco leram ou releram o magnífico Como um Romance, de Daniel Pennac! Ao longo de algumas semanas, passamos em revista Os Direitos do Leitor, sempre acompanhados pelos traços humorísticos do lápis mágico de Quentin Blake.
Daniel Pennac foi um aluno péssimo, ele próprio um exemplo de entre tantos catalogados como casos perdidos, “crianças sem futuro”, “desesperantes”, daquelas que “nunca viriam a ser alguém”.
O facto de ter sido mau estudante deu-lhe a sabedoria para provar como todos estavam enganados. Pela escrita e pensamento, original, autobiográfico e provocador, quanto profundo e pedagogicamente sério, Mágoas da Escola (Porto Editora, 2009) é um livro obrigatório para:
- Nós, os alunos;
- Nós, os professores;
- Nós, os pais e famílias;
- Nós todos: aqueles que, extenuados, preocupados, confusos, sentem já apertar os nós das avaliações, dos testes, das métricas, dos horários, dos quebra-cabeças, das deslocações, dos objetivos de progressão, estatutos, regras e métricas, medos e burocracias;
- Nós, aqueles que se movem colados às mesas de trabalho, cubículos, ecrãs, ou que se sentam em carteiras ao fundo da sala, alimentando-se de cábulas, de desprezo, e de palavras sussurradas…
Mas não se esqueçam: um só bom professor pode salvar muitas crianças da escola ou do resto da educação; um livro bem escolhido pode salvar-nos de muita coisa nestes dias, inclusivamente até… de nós próprios!

Capa do livro “School Blues”
Só uma nota final:
Adoramos a edição inglesa, com capa e prefácio de Quentin Blake – School Blues! (MacLehose Press, 2010).
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